Sobre viagens ao inferno e “profecias” em geral

Infelizmente, as igrejas evangélicas estão cheias do espírito de adivinhação, que se faz passar pelo Espírito Santo, guiando o povo através de “profecias”, “revelações” e “visões” de um ou outro irmão.

Não digo que todos inventem, isso seria injusto. Alguns realmente não têm o menor escrúpulo em mentir descaradamente, para tentar dar “uma ajudinha” para Deus. E tem os que recebem visões, revelações e profecias enviadas por espíritos enganadores. Sabe aquelas pessoas que impostam a voz e dizem: “Meu seeervo, eu sou o Senhor…” ? Então, eu não tenho nenhum receio de afirmar: não é o Senhor coisa nenhuma.

Tome muito cuidado com essa coisa de revelação, profecia, visões e sonhos. Grande parte dos crentes que acreditam nessas coisas acabam trocando a Revelação Bíblica por revelações individuais. ”. A verdadeira profecia é a Palavra de Deus, pregada no altar.

A Bíblia é suficiente. Sua leitura, dirigida pelo Espírito Santo, é a melhor maneira de nos mantermos livres de qualquer espírito enganador. Te garanto que Deus falará contigo, diretamente, através de sua palavra. No entanto, para isso é necessário fé. É necessário crer no que se está lendo. É por isso que tantas pessoas preferem usar intermediários para falar com Deus, pois estão vendo e ouvindo a pessoa, então não é necessário fé. Muitas vezes esses profetas ganham pelo medo, pois quem ouve tem receio de dizer que não é Deus, tem medo de pecar contra o Espírito Santo.

Certa vez, após saber que eu não queria ter filhos, um desses profetas me disse: “Daqui a um ano, eu virei até aqui e você estará segurando um filho nos braços”

Eu respondi:

– Ah, é? Filho de quem? Porque meu não vai ser.

Agora deixa eu te explicar como funciona. Se eu fosse uma pessoa impressionável, aquilo teria plantado uma dúvida dentro de mim. Assim, inconscientemente, meu cérebro faria de tudo para cumprir aquela palavra, mesmo contra a minha vontade. Esqueceria de tomar a pílula, tomaria em horários diferentes, e acabaria engravidando nos próximos três meses.

O que teria me causado um problemão. No final daquele mesmo ano, meu marido quase morreu de infecção por causa de uma apendicite, e passamos um mês morando dentro do hospital. Ele esteve na UTI, foi desenganado…agora imagina eu passar por tudo isso grávida?  Ou com um bebê recém-nascido?

Esses “profetas” e “profetisas” são verdadeiros videntes – e tratados como tais. Imagina, é tentador demais, é como se alguém lhe estendesse um telefone e dissesse que tem uma ligação de Deus para você! Esse espírito de adivinhação é desmascarado por seus frutos. Igrejas que estão cheias de fofocas, intrigas, ódio, hipocrisia, histeria e emocionalismos. Lembro que minha sogra contava a história de uma conhecida dela que dizia: “Não faço nada sem consultar a irmã fulana. Ela é minha guru”.

Isso não é novidade. Desde o antigo testamento esses espíritos de adivinhação já agiam em falsos profetas.

“Então, saiu um espírito, e se apresentou diante do Senhor, e disse: Eu o enganarei. Perguntou-lhe o Senhor: com o que? Respondeu ele: Sairei e serei espírito mentiroso na boca de todos os seus profetas” (2 Crônicas 18:20,21)

Sem contar os que inventavam coisas para dar “uma forcinha”:

“Filho do homem, profetiza contra os profetas de Israel que, profetizando, exprimem, como dizem, o que lhes vem do coração. Ouvi a palavra do Senhor. Assim diz o Senhor Deus: Ai dos profetas loucos, que seguem o seu próprio espírito sem nada ter visto. (…) Tiveram visões falsas e adivinhação mentirosa os que dizem: O Senhor disse; quando o Senhor os não enviou; e esperam o cumprimento da palavra. Não tivestes visões falsas e não falastes adivinhação mentirosa, quando dissestes: O Senhor diz, sendo que eu tal não falei? Portanto, assim diz o Senhor Deus: Como falais falsidade e tendes visões mentirosas, por isso, eu sou contra vós outros, diz o Senhor Deus” (Ezequiel 13:2-8)

e

“Tenho ouvido o que dizem aqueles profetas, proclamando mentiras em meu nome, dizendo: Sonhei, sonhei. Até quando sucederá isso no coração dos profetas que proclamam mentiras, que proclamam só o engano no próprio coração? Os quais cuidam em fazer que o meu povo se esqueça do meu nome pelos seus sonhos que cada um conta ao seu companheiro, assim como seus pais se esqueceram do meu nome, por causa de Baal (Jeremias 23: 25-27)

Se valesse ainda hoje a lei:

“Porém o profeta que presumir de falar alguma palavra em meu nome, que eu lhe não mandei falar, ou o que falar em nome de outros deuses, esse profeta será morto. (Deuteronômio 18:20-22)”

Não teríamos mais um “profeta” vivo para contar a história.

PS: Lembrei de um texto interessante no blog do Bispo a respeito disso, de 2009 “Profecia” (clique para ler). E do meu comentário, que ele publicou no blog, “Comentário de uma internauta”.

Pessoas não são demônios

Um trecho que achei importante comentar do livro “A Divina Revelação do Inferno”, de Mary Baxter, mas que resolvi trazer para cá, para não deixar a resenha grande demais. Realmente preocupante a parte em que ela descreve uma festa com várias lindas moças, observadas por satanás, e faz o seguinte relato:

“Ouçam-me e me obedeçam” disse Satanás a elas. “Façam tudo o que eu mandar e vocês sempre conservarão seus lindos corpos. Agora olhem, que eu vou mostrar onde vocês farão as minhas obras malignas.”

Satanás disse: “Vão a esses lugares, vivam e ajam como pessoas normais. Engane a muitos, e desviem o maior número possível de pessoas de Deus. Estarei observando vocês, cada passo será conhecido por mim. Cuidado para não serem pegos, porque estarei vigiando vocês. (…)

Lembrem-se que vocês têm o poder de tomar a forma que desejar. Eu as enviarei a qualquer lugar que você precisarem para ter sucesso. Agora vão e façam a minha obra, e voltem dentro de um mês.

(…)

Elas eram espíritos sedutores, demônios do inferno soltos na terra e as pessoas não

sabiam que elas eram demônios.”

Conseguem ver o perigo disso? Começar a olhar para as pessoas, como se elas fossem personificação de demônios! Então a guerra do crente deixa de ser espiritual e passa a ser carnal, julgando os outros, lutando contra as prostitutas e os homossexuais, fazendo verdadeiras cruzadas de ódio e destruição, achando que aquilo é lutar contra o inferno! O que estão fazendo, na verdade, é lutar contra as vítimas, vacinando cada uma delas contra o evangelho. Enquanto o inferno ri, agradecido.

Ao mesmo tempo, os verdadeiros espíritos sedutores e enganadores agem no meio dessas pessoas, mas como não são visíveis, são aceitos até mesmo como se fossem Deus! Uma confusão sem fim, e não é de se espantar que elas colecionem perturbações de todas as espécies.

Por favor, eu lhe peço que acredite no que estou dizendo, porque é a pura verdade. Foi tão difícil para mim a preparação deste relato que fiquei até doente.

Note aqui como mais uma vez o espiritual é confundido com o emocional e sensorial. “Oh, ela ficou até doente!” mostra o quanto ela é espiritual e o quanto aquilo foi verdadeiro.  Isso vem do catolicismo, do culto ao sofrimento. Todas aquelas freiras que manifestavam, que tinham visões, iam parar no hospital, doentes, por causa das “revelações”. Esse pensamento diz que quanto maior o sofrimento, maior a santidade. Lembro que era comum ver “irmãos” dizendo que entraram em um determinado lugar que estava espiritualmente carregado, e passaram mal. Isso era prova de que esse irmão era sensível… Em nossa fé emotiva, a gente achava que isso fazia sentido.

No entanto, a fé racional não aceita isso. Se Jesus disse que nos deu autoridade sobre todo o poder do maligno, então são os espíritos malignos que devem sentir mal em nossa presença, e não o contrário. Depois muitos cristãos querem saber o segredo do “ministério de libertação” tão eficaz da Igreja Universal. Tá aí o segredo: fé inteligente, e não emotiva.

Santa Fake

“Há pessoas que querem aparentar que são santas, perfeitas, mas sempre acabam por mostrar quem são realmente. É só você prestar atenção nas suas palavras e atitudes que logo se dará conta de que é fanática, se escandaliza com qualquer coisa. Tudo é pecado, mas fala mal dos outros, julga sem piedade. E então, onde está a santidade? Ela se acha tão certinha, tão santinha, tão perfeitinha, que ninguém mais presta. Temos visto pessoas assim na obra de Deus, e estas são as problemáticas, as que causam divisão, que espalham fofocas e que arrumam confusão; enfim, falta de um encontro real com Deus.”
Esse é um dos efeitos da religião. A pessoa não teve um encontro com Deus, teve um encontro com a placa da igreja. Aí constrói uma santidade falsificada. A santa fake cria um conjunto de regras para seguir, pois elas a mantém com a imagem correta diante dos outros. Mas não é natural, então vai tentar colocar todo mundo dentro da caixinha que ela construiu. E ai de você se não couber na caixinha! E essa caixinha é construída sem inteligência, então provavelmente você, que nasceu de Deus, não vai caber nela. Se você enxergou essas características em si mesma, pare de se enganar, seja sincera e busque um encontro verdadeiro com Deus. Está enganando a quem? Olha que coisa inútil perder tempo com esse tipo de atitude! A Deus você não engana, e se você morrer hoje?

“Há pessoas que querem aparentar que são santas, perfeitas, mas sempre acabam por mostrar quem são realmente. É só você prestar atenção nas suas palavras e atitudes que logo se dará conta de que é fanática, se escandaliza com qualquer coisa. Tudo é pecado, mas fala mal dos outros, julga sem piedade. E então, onde está a santidade? Ela se acha tão certinha, tão santinha, tão perfeitinha, que ninguém mais presta. Temos visto pessoas assim na obra de Deus, e estas são as problemáticas, as que causam divisão, que espalham fofocas e que arrumam confusão; enfim, falta de um encontro real com Deus.”

(Tania Rubim, no livro “Escolhida para o Altar”, Editora Unipro)

Esse é um dos efeitos da religião. A pessoa não teve um encontro com Deus, teve um encontro com a placa da igreja. Aí constrói uma santidade falsificada. A santa fake cria um conjunto de regras para seguir, pois elas a mantém com a imagem correta diante dos outros. Mas não é natural, então vai tentar colocar todo mundo dentro da caixinha que ela construiu. E ai de você se não couber na caixinha!

E essa caixinha é construída sem inteligência, então provavelmente você, que nasceu de Deus, não vai caber nela.  Se você for vítima de uma encaixotadora dessas, não fique com problemas com ela. Essa pessoa precisa de sua oração e de ajuda, pois não está entendendo muito bem o espírito da coisa.

Já se você enxergou essas características em si mesma, pare de se enganar, seja sincera e busque um encontro verdadeiro com Deus. Está enganando a quem? Olha que coisa inútil perder tempo com esse tipo de atitude! A Deus você não engana. E se você morrer hoje?

Ovelhas e ovelhas

Se você é um simples membro, não se engane, não há nada de simples em sua posição, se você nasceu de Deus. Não fomos chamados para ficar no banco sendo alimentados eternamente, mas para servir e ajudar outras pessoas. Muita gente acha que é um lugar confortável para apontar o dedo para os pastores, obreiros e outros membros, julgando, condenando e executando sentença a torto e a direito, tentando colocar maus olhos nos membros mais novos, ou desprezando aqueles a quem poderiam ajudar.
Sinto frustrar essas pessoas, mas não podemos jogar tudo nos ombros dos pastores, pois Deus deixa bem claro:
“Quanto a vós outras, ó ovelhas minhas, assim diz o Senhor Deus: Eis que julgarei entre ovelhas e ovelhas, entre carneiros e bodes. Acaso, não vos basta a boa pastagem? Haveis de pisar aos pés o resto do vosso pasto? E não vos basta o terdes bebido as águas claras? Haveis de turvar o resto com os pés? Quanto às minhas ovelhas, elas pastam o que haveis pisado com os pés e bebem o que haveis turvado com os pés. Por isso, assim lhes diz o Senhor Deus: Eis que eu mesmo julgarei entre ovelhas gordas e ovelhas magras. Visto que, com o lado e com o ombro dais empurrões e, com os chifres, impelis as fracas até as espalhardes fora, eu livrarei as minhas ovelhas, para que já não sirvam de rapina, e julgarei entre ovelhas e ovelhas.” (Ezequiel 34:17-22)
Enxergo nesse trecho a prova do tamanho de nossa responsabilidade. Se uma ovelha pode empurrar outra ovelha para fora, também não pode trazê-la mais para perto do rebanho? Deus julgará entre ovelhas e ovelhas, então coloquemos nossas lãzinhas de molho.
“Simão, filho de João, tu me amas? Ele lhe respondeu: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe Jesus: Pastoreia as minhas ovelhas” João 21:16
Aquele que ama a Jesus, apascenta as ovelhas dele. Cuida daqueles que chegam à igreja procurando ajuda, querendo conhece-Lo, querendo crescer mais.

Se você é um simples membro, não se engane, não há nada de simples em sua posição, se você nasceu de Deus. Não fomos chamados para ficar no banco sendo alimentados eternamente, mas para servir e ajudar outras pessoas. Muita gente acha que é um lugar confortável para apontar o dedo para os pastores, obreiros e outros membros, julgando, condenando e executando sentença a torto e a direito, tentando colocar maus olhos nos membros mais novos, ou desprezando aqueles a quem poderiam ajudar.

Sinto frustrar essas pessoas, mas não podemos jogar tudo nos ombros dos pastores, pois Deus deixa bem claro:

“Quanto a vós outras, ó ovelhas minhas, assim diz o Senhor Deus: Eis que julgarei entre ovelhas e ovelhas, entre carneiros e bodes. Acaso, não vos basta a boa pastagem? Haveis de pisar aos pés o resto do vosso pasto? E não vos basta o terdes bebido as águas claras? Haveis de turvar o resto com os pés? Quanto às minhas ovelhas, elas pastam o que haveis pisado com os pés e bebem o que haveis turvado com os pés. Por isso, assim lhes diz o Senhor Deus: Eis que eu mesmo julgarei entre ovelhas gordas e ovelhas magras. Visto que, com o lado e com o ombro dais empurrões e, com os chifres, impelis as fracas até as espalhardes fora, eu livrarei as minhas ovelhas, para que já não sirvam de rapina, e julgarei entre ovelhas e ovelhas.” (Ezequiel 34:17-22)

Enxergo nesse trecho a prova do tamanho de nossa responsabilidade. Se uma ovelha pode empurrar outra ovelha para fora, também não pode trazê-la mais para perto do rebanho? Deus julgará entre ovelhas e ovelhas, então coloquemos nossas lãzinhas de molho.

“Simão, filho de João, tu me amas? Ele lhe respondeu: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe Jesus: Apascenta as minhas ovelhas” João 21:16

Aquele que ama a Jesus, apascenta as ovelhas dele. Cuida daqueles que chegam à igreja procurando ajuda, querendo conhece-Lo, querendo crescer mais.

Finados

O dia dos mortos não se iniciou no cristianismo, mas em outras religiões, que adoravam outros deuses, coisa abominável ao  Deus Vivo. Desde o início de tudo Ele adverte: “Não terás outros deuses diante de mim”, “Não se prostre diante de coisa alguma para adorar ou para prestar culto”.  Ele jamais aceitou que Seu povo seguisse os costumes das nações que servem a outros deuses. Então, se você quer agradar a Deus, por que seguir os costumes de nações que serviam a outros deuses?
No século XI foi instituído o dia 2 de novembro para, à moda dos outros grupos religiosos engolidos por Roma, honrar os mortos, o “Dia dos Fiéis Defuntos”.  A pessoa revive aquela perda neste dia (nenhuma pessoa normal vai ao cemitério para ficar feliz, não é?), fica emocionalmente abalada, fragilizada, e ainda sente-se culpada caso não leve flores, não lave túmulo, não pare em frente à gaveta para reverenciar a morte de quem nem está mais ali. Não faz sentido. Nossos entes queridos não estão no cemitério, e a tentativa de comunicação com os mortos é citada na Bíblia como abominação a Deus. Quem tem vida em Cristo não deve se deixar levar pela morte, devemos ter consciência de que nosso Deus é Deus de vivos.
Nossos entes queridos que morreram em Cristo estão vivos, pois Ele mesmo disse “Quem crer em mim, ainda que morra, viverá”. Os que morreram sem Cristo estão em morte eterna, longe do cemitério, e nada mais podemos fazer por eles, a não ser continuar a levar a Palavra para evitar que outros sigam o mesmo destino. Quem continua a buscar mortos, honrar mortos, reverenciar mortos, é morto, também. E cabe aos mortos o sepultar os seus mortos. Se temos vida, honremos a vida, e jamais a morte, pois nosso Deus venceu a morte e esta não merece, de maneira nenhuma, ser honrada.
Mesmo nesse dia, em que tudo conspira para que usemos nossas emoções, lembrando daqueles que se foram, temos de usar nossa inteligência. O cristão acredita na vida eterna, na vida após a morte, sim, mas nós temos em Mateus 22:32 que Deus não é Deus de mortos, e sim de vivos. Nossos entes queridos que morreram em Cristo, não têm acesso a este mundo, não podem ver suas flores, nem receber suas lágrimas, muito menos suas orações. A Bíblia diz que ao homem está ordenado morrer uma só vez, e depois disso vem o juízo. Não tem nada entre uma coisa e outra. Não existe chance alguma após a morte, nossa chance é agora. E não há absolutamente nada que os mortos possam fazer por nós aqui na Terra, ou por eles mesmos.
Quando contaram a Jó que seus filhos morreram (Jó 1,18-20), ele rasgou suas vestes, em sinal de humilhação diante de Deus, e prostrou-se, com rosto em terra, não para orar por seus filhos mortos, mas para adorar a Deus e entregar a Ele aquela situação. Por aqueles nossos amados que morreram, guardamos o sentimento que tínhamos, e, como Jó, entregamos o acontecido a Deus, tranquilizando o nosso coração, pois sabemos que um dia nos uniremos a eles, em vida eterna.   Fujamos das ciladas do inimigo e não percamos nosso precioso tempo, que deve ser dedicado a Deus, a coisas boas, agradáveis e felizes, dedicando-o a morte, dor, culpa, mortos, práticas contrárias à Palavra de Deus, rituais, a sentimentos que nos trazem carga negativa.  Permitir-se, ao seguir um ritual anti-cristão, ter sua alma fragilizada, é abrir uma brecha considerável para o mal agir em suas emoções. A escolha é totalmente sua.
Isto, é claro, é para quem realmente quer ter uma vida de acordo com a Palavra de Deus, seguindo a direção Dele, se submeter à vontade do Senhor, e não a dogmas religiosos, a rituais por mais pré-históricos que sejam, que não tenham sustentação bíblica verdadeira. Quando Jesus orienta “negue-se a si mesmo”, isso engloba lançar fora esses costumes arraigados, os hábitos que fazem parte de nossa vida, mas que Deus não quer em nós.
A Bíblia conta que um rapaz foi chamado por Jesus para seguí-lo e pediu a Ele que o deixasse primeiro ir sepultar seu pai. “Replicou-lhe Jesus: Deixa os mortos sepultar os seus próprios mortos; tu, porém, vai e anuncia o reino de Deus.” (Lucas 9:60)
Jesus chamou os familiares vivos daquele rapaz de mortos, pois estavam mortos espiritualmente. Se houvesse dia dos finados naquele tempo, possivelmente ele diria: “Deixa os mortos visitarem seus mortos”. O que é realmente importante e urgente é anunciar o reino de Deus e salvar aqueles que estão vivos, e que não sabemos por quanto tempo ainda estão neste mundo. Aos que são dEle, a direção é bem clara. É escolha nossa obedecer a Deus ou obedecer a um costume religioso que teve origem entre Seus inimigos.

O dia dos mortos não se iniciou no cristianismo, mas em outras religiões, que adoravam outros deuses, coisa abominável ao  Deus Vivo. Desde o início de tudo Ele adverte: “Não terás outros deuses diante de mim”, “Não se prostre diante de coisa alguma para adorar ou para prestar culto”.  Ele jamais aceitou que Seu povo seguisse os costumes das nações que servem a outros deuses. Então, se você quer agradar a Deus, por que seguir os costumes de nações que serviam a outros deuses?

No século XI foi instituído o dia 2 de novembro para, à moda dos outros grupos religiosos engolidos por Roma, honrar os mortos, o “Dia dos Fiéis Defuntos”.  A pessoa revive aquela perda neste dia (nenhuma pessoa normal vai ao cemitério para ficar feliz, não é?), fica emocionalmente abalada, fragilizada, e ainda sente-se culpada caso não leve flores, não lave túmulo, não pare em frente à gaveta para reverenciar a morte de quem nem está mais ali. Não faz sentido. Nossos entes queridos não estão no cemitério, e a tentativa de comunicação com os mortos é citada na Bíblia como abominação a Deus. Quem tem vida em Cristo não deve se deixar levar pela morte, devemos ter consciência de que nosso Deus é Deus de vivos.

Nossos entes queridos que morreram em Cristo estão vivos, pois Ele mesmo disse “Quem crer em mim, ainda que morra, viverá”. Os que morreram sem Cristo estão em morte eterna, longe do cemitério, e nada mais podemos fazer por eles, a não ser continuar a levar a Palavra para evitar que outros sigam o mesmo destino. Quem continua a buscar mortos, honrar mortos, reverenciar mortos, é morto, também. E cabe aos mortos o sepultar os seus mortos. Se temos vida, honremos a vida, e jamais a morte, pois nosso Deus venceu a morte e esta não merece, de maneira nenhuma, ser honrada.

Mesmo nesse dia, em que tudo conspira para que usemos nossas emoções, lembrando daqueles que se foram, temos de usar nossa inteligência. O cristão acredita na vida eterna, na vida após a morte, sim, mas nós temos em Mateus 22:32 que Deus não é Deus de mortos, e sim de vivos. Nossos entes queridos que morreram em Cristo, não têm acesso a este mundo, não podem ver suas flores, nem receber suas lágrimas, muito menos suas orações. A Bíblia diz que ao homem está ordenado morrer uma só vez, e depois disso vem o juízo. Não tem nada entre uma coisa e outra. Não existe chance alguma após a morte, nossa chance é agora. E não há absolutamente nada que os mortos possam fazer por nós aqui na Terra, ou por eles mesmos.

Quando contaram a Jó que seus filhos morreram (Jó 1,18-20), ele rasgou suas vestes, em sinal de humilhação diante de Deus, e prostrou-se, com rosto em terra, não para orar por seus filhos mortos, mas para adorar a Deus e entregar a Ele aquela situação. Por aqueles nossos amados que morreram, guardamos o sentimento que tínhamos, e, como Jó, entregamos o acontecido a Deus, tranquilizando o nosso coração, pois sabemos que um dia nos uniremos a eles, em vida eterna.   Fujamos das ciladas do inimigo e não percamos nosso precioso tempo, que deve ser dedicado a Deus, a coisas boas, agradáveis e felizes, dedicando-o a morte, dor, culpa, mortos, práticas contrárias à Palavra de Deus, rituais, a sentimentos que nos trazem carga negativa.  Permitir-se, ao seguir um ritual anti-cristão, ter sua alma fragilizada, é abrir uma brecha considerável para o mal agir em suas emoções. A escolha é totalmente sua.

Isto, é claro, é para quem realmente quer ter uma vida de acordo com a Palavra de Deus, seguindo a direção Dele, se submeter à vontade do Senhor, e não a dogmas religiosos, a rituais por mais pré-históricos que sejam, que não tenham sustentação bíblica verdadeira. Quando Jesus orienta “negue-se a si mesmo”, isso engloba lançar fora esses costumes arraigados, os hábitos que fazem parte de nossa vida, mas que Deus não quer em nós.

A Bíblia conta que um rapaz foi chamado por Jesus para seguí-lo e pediu a Ele que o deixasse primeiro ir sepultar seu pai. “Replicou-lhe Jesus: Deixa os mortos sepultar os seus próprios mortos; tu, porém, vai e anuncia o reino de Deus.” (Lucas 9:60)

Jesus chamou os familiares vivos daquele rapaz de mortos, pois estavam mortos espiritualmente. Se houvesse dia dos finados naquele tempo, possivelmente ele diria: “Deixa os mortos visitarem seus mortos”. O que é realmente importante e urgente é anunciar o reino de Deus e salvar aqueles que estão vivos, e que não sabemos por quanto tempo ainda estão neste mundo. Aos que são dEle, a direção é bem clara. É escolha nossa obedecer a Deus ou obedecer a um costume religioso que teve origem entre Seus inimigos.

PS: Em 2009 eu escrevi um texto chamado “A aberração do dia dos finados” e agora, ao revê-lo, achei que poderia ter sido escrito de uma forma mais clara e o refiz, para republicá-lo. Escrevi na época não por causa dos católicos, mas dos cristãos que continuam a seguir esse costume religioso, mesmo dizendo que nasceram de novo. O respeito às pessoas não pode ser maior do que meu respeito a Deus e minha obrigação de alertar a quem é sincero.

Só podemos ler livros da IURD?

Este post é especificamente para o pessoal que ao ver as resenhas da série “Livros que não são o que parecem” acham que estou dizendo que só os livros da IURD são de Deus. Quem acha que eu penso assim, nunca leu meus textos. Já escrevi resenhas positivas de livros cristãos que não são da IURD e de livros não cristãos, de entretenimento ou de autoajuda. E muitos não-cristãos estão por vir.

Não acho que as pessoas devam limitar suas leituras aos livros cristãos, pois é milhões de vezes melhor que seu entretenimento seja leitura do que televisão e internet. No entanto, não posso deixar de concordar com quem decide limitar sua leitura espiritual aos livros da Unipro e vou explicar o porquê.

Eu sei como a Unipro faz a seleção dos livros que serão publicados, é beeem diferente das outras editoras. As outras têm foco apenas em vender, a Unipro se preocupa principalmente com o conteúdo, por isso coloco a mão no fogo pelos livros da IURD, sim, eu SEI o Espírito que está ali. Não entra doutrina estranha, não é qualquer um que publica livros, enfim. Já sobre as outras denominações, eu não posso garantir, porque elas publicam por várias editoras que eu sei que não têm critério.

Então, se a pessoa que é da IURD quer ler só os livros da IURD para edificação, ela em esse direito, e está certa, já que se não se sente segura em separar o joio do trigo, o certo é mesmo proteger sua fé. Eu apoio mesmo, porque pelo menos sei que não vai encontrar um espírito enganador. Isso eu posso garantir, não porque eu ache que o Espírito Santo só está na IURD, mas porque conheço o sistema de trabalho da Unipro.

Tenho que respeitar o diabo?

Escrevo resenhas de livros no site da Cristiane Cardoso , indicando alguns livros legais e também falando sobre o que você não deveria ler, na série “Livros que não são o que parecem”. Lendo  “Oração: a chave do avivamento”, de Paul Yonggi Cho, encontrei um trecho que merece ser melhor explicado, pois muitas pessoas têm dúvidas a respeito desse texto bíblico e têm receio de usar a autoridade contra o diabo:

Contudo, o arcanjo Miguel, quando contendia com o diabo, e disputava a respeito do corpo de Moisés, não se atreveu a proferir juízo infamatório contra ele; pelo contrário, disse: O Senhor te repreenda. Estes, porém, quanto a tudo o que não entendem, difamam; e, quanto a tudo o que compreendem por instinto natural, como brutos sem razão, até nessas cousas se corrompem. “(Jd 1: 8.10.).

Yonggi Cho diz:

Os versos citados revelam um fato muito significativo sobre nosso adversário, o diabo. Satanás é um príncipe com um poder considerável. E Judas diz também que ele não pode ser tratado levianamente, como alguns crentes costumam fazer. Embora seu poder sobre a propriedade divina tenha sido destruído, ele ainda é um oponente muito perigoso.

Ao contrário da interpretação distorcida de Yonggi Cho, Judas não está dizendo que temos que respeitar o diabo! Está falando de um grupo de pessoas dissimuladas dentro da igreja. Temos de aprender a ler o texto inteiro, para entendermos seu contexto. Isso é uma carta, não uma série de bilhetinhos picotados.

Quando Judas fala:

“Estes, porém, quanto a tudo o que não entendem, difamam; e, quanto a tudo o que compreendem por instinto natural, como brutos sem razão, até nessas cousas se corrompem.”

Não está se referindo ao diabo ou às coisas do diabo, mas às coisas da igreja!

Se você olhar os versículos anteriores (o que não é difícil, Judas é um livro de capítulo único, com somente 25 versículos). Para quem ele estava falando? Para o povo da igreja. A respeito de quem ele estava falando? Dessas pessoas aqui:

Certos indivíduos se introduziram com dissimulação (…) homens ímpios, que transformam em libertinagem a graça de nosso Deus e negam o nosso único Soberano e Senhor (v.4)

Esse pessoal estava infiltrado, dentro da igreja. Judas explica que todos os rebeldes colhem os frutos de sua rebeldia, não importando quem sejam ou onde estejam.  Diz que esses malucos (vou chamá-los assim) falam mal dos outros, são carnais, difamam o que não entendem e o que entendem carnalmente e não respeitam governo.  São “pastores que a si mesmos se apascentam” e comparados a coisas inúteis como “árvores em plena estação dos frutos, destes desprovidas, duplamente mortas, desarraigadas”.  “Os tais são murmuradores, são descontentes, andando segundo as suas paixões. A sua boca vive propalando grandes arrogâncias; são aduladores dos outros, por motivos interesseiros” (v.16)

Quando fala que eles “rejeitam governo e difamam autoridades superiores”, diz que o arcanjo Miguel, mesmo sendo melhor do que o diabo, não o repreendeu em seu próprio nome, mas deixou a repreensão a cargo de Deus.  Ou seja, Miguel estava lutando com o diabo ali, mas colocou Deus na frente. É o que devemos fazer ao invés de ficar murmurando contra as coisas da igreja.

Os crentes que usam essa passagem para dizer que devemos respeitar o diabo são os mesmos que “descem a lenha” nas autoridades e em tudo aquilo que vá contra os seus interesses e que fale do que eles não entendem. Não têm entendimento espiritual. A descrição que Judas faz em sua carta me traz à mente esse tipo que chama a si mesmo de “cristão”, mas só o que sabe fazer é difamar e espalhar o que Jesus tenta ajuntar.

Agora, sobre como devemos agir com o diabo, Judas comenta que Miguel  deixou que a repreensão viesse de Deus. “O Senhor te repreenda” é exatamente o que fazemos quando usamos o nome de Jesus. Porque nós, seres humanos falhos, não temos em nós mesmos autoridade alguma sobre o mal. A autoridade de que fazemos uso nos foi dada por Jesus, como uma procuração, ao usarmos Seu nome. Miguel usou o nome do Senhor, assim como nós também usamos e deixamos que a justiça de Deus prevaleça. Você tem o direito de usar o nome de Jesus contra o diabo. “Eis aí vos dei autoridade para pisardes serpentes e escorpiões e sobre todo o poder do inimigo, e nada, absolutamente, vos causará dano” (Lucas 10:19)

Me recuso a dar ao diabo qualquer honra ou consideração! Nossa atitude diante dele não deve ser: “oh, ele é um oponente muito perigoso, não podemos tratá-lo levianamente, vamos expulsá-lo delicadamente e com cuidado, para que não se ofenda”. Pense bem, não é isso que vemos em Davi, diante de Golias, que representava ali o próprio satanás. “Quem é esse incircunciso filisteu, para afrontar o Exército do Deus vivo?” (I Samuel 17:26). Essa é a reação do nascido de Deus diante do diabo. Se você está com Deus, qualquer ataque contra você é feito contra o próprio Deus.

Quem é esse que ousa afrontar o Deus vivo?

Divindade self-service

O que você faz quando quer conhecer alguém? Se eu fizer uma lista, usando o que eu acho que deveriam ser as características daquela pessoa, posso dizer que a conheço? Obviamente não. Se ela escreveu alguma coisa a seu respeito, eu tenho que ler para saber como ela pensa, do que ela gosta e do que não gosta…tenho que entender isso sob o ponto de vista dela, e não do meu.

Se você ler tudo o que eu escrevo, tentando entender como eu penso, com sensibilidade, raciocinando e sem preconceito, poderá dizer que me conhece.

Por que então as pessoas fazem tão diferente quando o assunto é Deus? Quando lemos a Bíblia, conseguimos entender como Deus pensa, a Sua personalidade, o que Ele gosta e o que não gosta. Só assim é possível conseguir conhecê-Lo, saber o que Ele espera de nós.

Hoje virou moda o deus personalizado, self-service. As pessoas acham que Deus deveria ser de tal maneira e atribuem a Ele características que Ele não possui. “Deus, para mim, é assim” e se fecham no entendimento equivocado.

Deus não é como você acha que Ele deve ser. Deus é o que Ele é. Não é Ele quem tem que se encaixar em seus padrões, você é que tem de ser humilde para – independentemente de qualquer tradição religiosa – descobrir como Ele é e conhecê-Lo de forma real.

Eu posso lhe garantir que Ele é a pessoa mais maravilhosa que eu já conheci. Um caráter perfeito, justo, correto, íntegro, amoroso – mas não permissivo, nem condescendente. Não se contente com definições superficiais de gente que nunca O conheceu. Eu lhe garanto que se você buscar irá encontrar. Aliás, Ele mesmo garante.

Agora, se quiser inventar um deus próprio, como a maioria faz, para justificar sua falta de empenho em mudar, ninguém lhe impede. O problema é que enquanto você estiver servindo, adorando e buscando outro deus, não pode esperar que o verdadeiro Deus esteja contigo, porque como qualquer pessoa em um relacionamento saudável, Ele exige fidelidade. Um deus idealizado não é O Deus.

Infelizmente existem muitas pessoas brigando por um deus que só existe dentro de suas cabeças, e como contratados do exército inimigo para atrapalhar a Causa, saem vacinando as pessoas contra o Evangelho. Esses são os religiosos. Aqueles para quem as tradições, os rituais, a emoção e a teoria são mais importantes e valiosos do que a prática e a inteligência. Às vezes até de forma bem intencionada, mas sem Espírito, prestam um desserviço à humanidade e à própria causa.

Graças a Deus que Ele existe e que o Espírito Santo consegue desfazer alguns absurdos que esses “irmaus” fazem em nome do deus que só existe em suas cabeças.

Mas esses irmaus carregam consigo pessoas sinceras, que querem realmente servir a Deus e talvez não tenham ainda pensado nisso. Quer conhecer a Deus? Procure saber como Ele pensa, como vê o mundo. Procure direto na fonte, e não veja versículos isolados, tente entender o contexto. Converse com Deus sozinho, como se falasse a um amigo, e não com rezas decoradas. E não procure intermediários, temos o direito e o dever de falar direto e exclusivamente com o Chefe. Essa é uma regra que Ele mesmo criou. Só assim a ligação se completa.

Atenção: Se você tentar passar sua oração por uma telefonista antes, não é sinal de humildade, mas de desobediência, e ela será desviada para um espírito enganador, pois não há “telefonistas” (intercessores) no céu.

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Obedecer é melhor do que sacrificar

Ao separarmos uma passagem bíblica de seu contexto, corremos o risco de interpretá-la mal. Por isso lhe convido a analisar um texto que é quase sempre citado isoladamente.

Em I Samuel 15:22, o profeta Samuel dá um baita puxão de orelha no rei Saul, que desobedeceu a palavra do Senhor (Deus mandou ele destruir todo o povo de Amaleque, ele não poderia deixar vivo nem os animais. Ele então matou todo mundo, exceto o rei Agague e o melhor dos rebanhos. E depois ainda deu a desculpa de que era para sacrificar ao Senhor).

Saul já havia se habituado ao posto de rei e, como se diz por aí, o poder lhe havia “subido à cabeça”. Ele destruía os inimigos e já começou a achar que era ele quem fazia alguma coisa, e que não precisava se submeter a Deus, nem ao profeta. Começou a fazer uma bobagem atrás da outra, até que Deus se arrependeu de tê-lo ungido rei sobre Israel, começou a procurar coisa melhor e encontrou Davi. No momento em que Deus se arrependeu de ter escolhido Saul, mandou Samuel ir falar com o rei, para anunciar a Saul o que Ele havia pensado daquilo.

Chegando lá, Saul, totalmente sem-noção, ainda teve a capacidade de dizer que havia executado as palavras do Senhor (v.13). Deus disse que não era para ele poupar nada, e ele poupou ao rei e ao melhor do rebanho. Ele fez pela metade, e ainda se gabava de ter feito o que Deus havia mandado.

Depois de um certo tempo na igreja, começamos a nos acomodar e corremos o risco de fazer como Saul: achamos que temos uma espécie de sociedade igualitária com Deus e nos damos o direito de alterar a direção dele ao que nos é mais conveniente. Então passamos a “adaptar” as coisas na igreja, dizendo (para nós mesmos) que “não é bem assim”.

Obedecemos pela metade, achando que estamos cumprindo a Palavra de Deus. Ora, obedecer uma parte é desobedecer totalmente. Porque quem desobedece uma parte, desobedece tudo. Queremos que Deus e a igreja se adaptem ao nosso jeito e ao nosso estilo de vida, e depois ainda reclamamos por não conseguir alcançar o resultado prometido. Muita gente chega ao cúmulo de culpar a igreja, ou até mesmo Deus, sem conseguir olhar para as próprias responsabilidades.

Saul se justifica no versículo 15, dizendo que poupou o melhor do gado para sacrificar ao Senhor, mas depois, no versículo 24, ele assume que na verdade não quis destruir o melhor do gado porque temeu o povo e preferiu ouvir à sua voz (provavelmente eles não quiseram abrir mão de levar despojos daquela batalha, e Saul preferiu agradar ao povo do que agradar a Deus, esquecendo que o reinado dele dependia do Senhor, e não do povo), ou seja, ele escolheu colocar outra coisa (no caso, o povo, o prestígio político) no lugar do Senhor, e ainda arranjou uma desculpa esfarrapada aparentemente “santa” para a desobediência.

Assim também fazemos, quando nos afastamos de Deus e nos aproximamos da religiosidade vazia: esquecemos que nosso futuro e nossa vitória dependem de Deus, queremos fazer as coisas do nosso jeito, na força do nosso braço, e ainda damos desculpas esfarrapadas banhadas a religiosidade, para parecer que aquela desobediência é algo sublime, santo, sagrado, e ai de quem disser o contrário!

Então Samuel diz o que Deus pensa a respeito disso: “Tem, porventura, o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios quanto em que se obedeça à sua palavra? Eis que o obedecer é melhor do que sacrificar, e o atender, melhor do que a gordura de carneiros.” (I Samuel 15:22) Isso é muito forte! Primeiro, isso não quer dizer que Deus não queira sacrifícios, muito pelo contrário! Sabe por que o obedecer é melhor do que sacrificar? Porque obedecer é o maior sacrifício!

Não era sacrifício para Saul oferecer bois e ovelhas ao Senhor (até porque aqueles bois e ovelhas nem eram dele), mas tanto era sacrifício para ele engolir seu orgulho, sujeitar-se a Deus e enfrentar a ira do povo, não deixando que ninguém levasse aquele gado gordo e bom com vida, como Deus ordenara, que ele não teve coragem de fazer!

O maior sacrifício, meu amigo, é negar a sua vontade, é negar a si mesmo e obedecer a Deus, independente do que Ele te pede para fazer. Foi esse o maior erro de Saul, ele escolheu não negar a si mesmo. Essa é a cruz que Jesus nos manda carregar, é esse o maior sacrifício: a obediência irrestrita. Deus não se importa com a oferta que você dá se a maior de todas as ofertas você não quiser fazer: entregar o seu coração, a sua vida e a sua vontade nas mãos dele. Porque se Ele puder contar com a sua obediência irrestrita, sua oferta, aí sim, será verdadeira.

Essa é a primeira e irrevogável condição de Tiago 4:7 “Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós.” Geralmente a gente só lembra da segunda parte, que está depois do ponto e vírgula. Porém, a primeira parte é necessária para que consigamos cumprir a segunda: “Sujeitai-vos, portanto, a Deus”.

Sujeitar-se a Deus é obedecer, sem reservas, sem querer “dar um jeitinho”, porque com Deus não tem isso, o caminho dele é reto, com Ele o sim é sim e o não é não e ponto final. Se você não está disposto a sujeitar-se a Deus, a obedecer, a negar a si mesmo e a tomar a sua cruz, não tem como seguir a Jesus.

Então, para aqueles que citam “obedecer é melhor do que sacrificar” como se obedecer nos eximisse de qualquer sacrifício, observem o contexto e coloquem suas barbas de molho. O sacrifício sem a obediência, de nada vale. Mas a obediência sem sacrifício, não é obediência.

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Obs: Esse texto foi publicado neste blog em outubro de 2009, mas resolvi corrigi-lo e atualizá-lo em uma nova postagem. Por isso, não estranhem encontrar dois posts com o mesmo título.

Ansiedade e orgulho

Me deparei hoje com uma passagem Bíblica já conhecida, mas que eu nunca havia analisado em seu contexto…na verdade, são três versículos que não me lembro de ter me dado conta de que vinham em sequência. Não podemos esquecer que a Bíblia não é Twitter, os versículos não vêm isolados.  Estão em I Pedro 5. O versículo 6 diz: “Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus, para que Ele, em tempo oportuno, vos exalte” O versículo seguinte, o 7, explica como você deve se humilhar: “lançando sobre Ele toda a vossa ansiedade, porque Ele tem cuidado de vós”.

Quando você lança suas ansiedades sobre Deus, está se humilhando sob a mão dele. Note que não é simplesmente “entregar”, é lançar. É uma atitude extrema, de alguém que quer se livrar da carga. Preste atenção a esses dois versículos. Então, se manter ansioso é uma atitude de orgulho, pois  assumo que consigo lidar com meus problemas sozinha, sem necessidade de Deus. Por outro lado, se eu coloco meus problemas diante de Deus, me humilho, assumindo assim minha confiança total nEle. Já pensou nisso?

Para lançar sua ansiedade sobre Deus, é necessário sacrifício. Negar sua vontade de se preocupar com aquele problema, de tentar resolver na força do seu braço, de ficar antecipando situações, enumerando todos os “e se…”. Não estou pregando aqui a passividade, esperar que tudo caia do céu, não! Mas se torturar com um problema que você não pode resolver não é fazer a sua parte! A sua parte você faz quando sabe o que fazer, quando tem uma saída honesta, digna e correta para seu problema, mas sempre confiando que dará certo e seguindo a direção de Deus. Ansioso, você jamais conseguirá sequer ouvir a direção Dele. Ansiedade derruba a conexão com o céu, amigo.

Passei o dia pensando nisso…a gente se agarra a nossos problemas, se lamenta nas orações, sem entregá-los, acha que a quantidade de lágrimas, lamentações e demonstrações de auto-tortura mostram nossa humildade, enquanto o verdadeiro humilde se coloca aos pés de Deus e lança sobre Ele as suas ansiedades – confiando que é Ele quem cuida de seus filhos – e passa por seus problemas de cabeça erguida, firme e forte.

Deus realmente não vê como o homem vê. O humilde, que O agrada e a quem Ele promete dar graça, é o que mantém sua confiança, não importa o que aconteça, jamais se permitindo ser tomado pela ansiedade, pois sabe que ele não é nada e que seu problema está nas mãos de Deus.

Continuando a passagem Bíblica, o versículo 8 completa: “Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como um leão que ruge procurando alguém para devorar”. Fique atento, permaneça firme na certeza de que Deus está cuidando de você. Se você se entrega à ansiedade, está sendo orgulhoso e prestes a ser devorado pelo mal. A única forma de ser vigilante é mantendo a confiança e sacrificando suas ansiedades.

Foi uma das primeiras coisas que Deus me ensinou quando eu decidi nascer de novo: lançar a ansiedade sobre Ele, porque Ele tem cuidado de mim. Se eu não der esse espaço, Ele não tem como cuidar de mim, pois respeita minha escolha. A ansiedade vem, pois os problemas estão aí, todos os dias. As perseguições, inseguranças, medos e demais situações com as quais nem sempre sabemos lidar. Tudo isso vem, mas não precisa se instalar. Encaminhe a Deus, em uma conversa franca e sincera, cada ansiedade que aparecer e confie. Então Ele poderá cuidar de você como Ele tanto quer e como você tanto necessita.


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