Em um post antigo do blog do Bispo Macedo, encontrei em um comentário a pergunta de um rapaz, tomo a liberdade de copiar a pergunta e minha resposta, para o caso de haver mais alguma outra pessoa com essa dúvida e que resolva colocá-la no google.

“gostaria que o senhor me esclarecesse a respeito da palavra “Aleluia”, que quer dizer, Glória a Deus. Pois já ouvi falar que é incorreto para nós que cremos no Único Deus pluralizarmos essa palavra e falar “Aleluias”. Pois assim estaríamos dizendo “Glórias aos deuses”. Se possível gostaria que o senhor comentasse sobre esse termo se isto que ouvi está certo ou errado, pois observo que não são poucos os pastores que, no momento de adoração a Deus durante as reuniões, dizem “Aleluias”.”

Não sou o bispo, mas gostaria de responder à sua pergunta. Pluralizar a palavra “Aleluia” não fará com que ela se transforme em “glórias aos deuses”, isso não faz o menor sentido, pois não é uma palavra de nossa língua, ao acrescentarmos um “s” não estamos transformando sua tradução em plural, mas apenas sinalizando um conjunto de “aleluia”. A palavra Aleluia vem do hebraico Hallelu Yah, que significa “louvor a Yahweh”. Na verdade é mais do que isso, é um termo de convocação ao louvor, algo do tipo “louvem a Deus!” “Hallel” significa louvar com intensidade, com alegria. Mas Deus, nesse caso, não é a palavra “deus”, mas o nome “Yah”, que é abreviação do nome de Deus, Yahweh (que traduzimos como Jeová, ou o Senhor). Portanto, fique tranquilo, como não existe mais de um Yahweh, o que está sendo pluralizado é apenas o convite ao louvor, e isso não tem problema algum.

Na verdade, ao invés de nos atermos a esses detalhes, a “posso falar isso” ou “Não posso falar aquilo”, devemos nos preocupar com nossa forma de pensar e nossas atitudes no dia-a-dia, nossa vida com Deus, a parte prática muito mais do que a teórica. É isso o que Paulo diz com “a letra mata, mas o Espírito vivifica” (2 corintios 3:6)

Nós damos muita importância ao “pode isso, não pode aquilo” por influência da cultura do catolicismo romano, que é cheio do “pode, não pode”. No Cristianismo verdadeiro, nós temos que “todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas me convém. Todas as coisas me são lícitas, mas não me deixarei dominar por nenhuma delas” (I coríntios 6:12) No mesmo livro, no capítulo 10, Paulo diz que “todas as coisas são lícitas, mas nem todas edificam”. Não acho que debater sobre se podemos ou não usar o plural da língua portuguesa em um termo hebraico edifique. Ainda mais se isso te tira a concentração na hora da oração ou da busca e te faz duvidar se está certo ou errado o uso daquela palavra bem na hora em que você deveria estar focado no louvor a Deus, obedecendo ao convite.

Vamos nos concentrar menos nas listas de regras e mais na busca ao Espírito Santo, pois o próprio Espírito Santo nos dá a direção do que edifica e do que não edifica, do que convém, do que não convém, do que é certo e do que é errado, quando não estiver textualmente claro na Palavra. Em Filipenses 4:8 há uma explicação bem clara de como devemos proceder: “Finalmente, irmãos, tudo que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento”. Para decidir se algo deve ou não ocupar seu pensamento, sempre faça essas perguntas: “isso é verdadeiro?” “isso é respeitável?” “isso é justo?” “isso é puro?” “isso é amável?” “isso tem boa fama?” “Tem alguma virtude nisso?” “Existe algum louvor nisso?” Se a resposta a qualquer uma dessas perguntas for “não”, tire aquele pensamento da cabeça, pois ele não merece ocupá-la.

Que Deus te abençoe!