A reunião deste domingo, dia 24 de abril de 2011, às 9h30 no Cenáculo do Espírito Santo da João Dias, 1800, em São Paulo, foi ministrada pelo Bispo Macedo e a nave principal estava lotada. Cheguei cedo e consegui um lugar na segunda fileira. Prefiro sempre sentar na frente, pois a possibilidade de me distrair com alguma outra coisa é mínima, e a atenção total é indispensável para que Deus possa falar conosco quando vamos à igreja. Caso contrário, será para você como mais uma palestra assistida.
Aliás, eu fui à reunião com a certeza de que Deus falaria comigo, tanto é que o Davison, meu esposo, que ainda está em Porto Alegre, foi à igreja às 7h, horário em que sempre vamos, e depois voltou para casa para acompanhar a reunião do Bispo pela rádio. Antes do culto começar, enviei a ele uma mensagem no celular, dizendo que Deus falaria conosco. Eu estava preocupada por não ter conseguido ainda encontrar apartamento para alugar em São Paulo que fosse de fácil deslocamento para o trabalho e com um preço que não me levasse o salário inteiro.
Com hospedagem garantida apenas até quarta-feira, esse era um problema que gritava “oi, estou aqui” sempre que eu tentava me concentrar em outra coisa. Às vezes passava pela minha cabeça que se as coisas estavam tão difíceis, não tinha sido Deus quem me trouxe até aqui, mas meu próprio impulso. Se fosse Deus, seria tudo fácil. Ôpa, não foi isso que eu aprendi! Esse pensamento não era meu, era lançado para me trazer dúvida através de uma lógica bastante irracional…onde está escrito que não teríamos aflições e dificuldades neste mundo? Para a reunião, me imaginei colocando um pacotinho com aquele problema em cima do altar, que Deus cuidasse disso para que eu conseguisse prestar atenção no que Ele queria me falar (e não peguei o pacotinho de volta depois, não, ei, hein!).
O Bispo iniciou a reunião pedindo a quem não foi batizado no Espírito Santo que fosse até a frente, e ali muitas pessoas oraram, buscando a Deus, até que o Bispo interrompeu a busca com uma palavra que foi em mim uma injeção de fé: ele disse que Deus não se comove com lágrimas, com choro, não adianta implorar, afogando-se em lágrimas, por uma resposta do Alto. O que move a mão de Deus é a fé. Nós temos a promessa que se o ser humano, que é mau, sabe dar boas dádivas aos seus filhos, quanto mais Deus não daria o Espírito Santo àqueles que o pedissem. Está escrito isso. E tem de se cumprir. Se está escrito que Ele daria o Espírito Santo, então eu posso receber o Espírito Santo agora, é só utilizar essa certeza do cumprimento da promessa.
A promessa se cumpre quando pedimos, crendo que recebemos. Deixar de lado o sentimentalismo, a alma, a carne, e pedir no espírito, na fé, faz toda a diferença. A busca foi retomada com outra força, e tenho certeza de que o Espírito Santo foi derramado sobre aqueles que não o tinham recebido, pois sobre a minha vida certamente foi.
Outro momento importante da reunião foi quando o Bispo falou sobre Davi e Golias. Justamente uma conversa que eu havia tido com meu marido pela internet na noite anterior. Meu esposo falava sobre as experiências que Davi teve com Deus antes de enfrentar Golias…matou um leão e um urso, em momentos diferentes, para defender suas ovelhas. Davi era um menino franzino, mas fez o que Sansão fez, sozinho matou um grande predador, pois estava cheio do Espírito de Deus. Foi esse o argumento que ele usou para rejeitar a armadura do rei e enfrentar Golias apenas com um punhado de pedras. Deus era com ele.
Quando eu finalmente conheci a Deus, de verdade, minha vida estava em ruínas. Tudo o que eu tinha tentado construir, desabara. Pela primeira vez na vida me preocupei primeiro em me estruturar espiritualmente, o resto Deus providenciaria. Neste momento, considero que Ele providenciou. Me deu uma oportunidade e uma responsabilidade que é tão desproporcional às minhas forças, humanamente falando, quanto Golias era para Davi. Mas que eu encaro exatamente como Davi encarava Golias: um desafio que o Senhor dos Exércitos já me capacitou a enfrentar.
O Bispo salientou que Davi chegou ao front e se deparou com um bando de soldados apavorados (e o rei também desesperado), sem saber o que fazer diante do gigante. Todos olhavam para o gigante e viam o tamanho de sua força, mas Davi olhou para ele e viu o quão insignificante aquele gigante era diante do Deus de Israel, a ponto de exclamar: “quem é esse incircunciso filisteu que ousa afrontar o exército do Deus vivo?” Mas lá estava o exército do Deus vivo, se pelando de medo.
O Bispo disse, com isso, que o importante é manter o foco em Deus, na fé, e não no problema. Também falou da importância de ser sincero com Deus, coisa que eu e meu marido temos falado há mais de uma semana, pois Deus nos mostrou isso. Ser sincero, mesmo, falar, por exemplo: “Deus, eu não estou acreditando nisso, mas eu quero acreditar”. De que adianta dizer que acredita se Deus sabe que você não acredita? De que adianta dizer “Jesus, eu te amo”, se Ele sabe que você não ama? Então seja sincero. Diga para Deus que está bravo, que não está entendendo, seja claro com Ele.
O Bispo também disse que as coisas acontecem de acordo com a nossa fé, e que a vontade de Deus nem sempre é a nossa vontade, mas é o melhor para nós, é para a nossa felicidade. Para obter o melhor de Deus, temos de manifestar o nosso melhor para Ele.
Outro momento importante para mim foi quando o Bispo disse que todo mundo crê em Jesus, mas poucos são os conquistadores, poucos estão dispostos ao “tudo ou nada”. Falou sobre sua história, sobre como a Igreja Universal começou, como ele largou um emprego estável e confortável, para trabalhar na obra de Deus. Para a minha surpresa, ele citou o exemplo de Gideão. Digo “para a minha surpresa”, porque ele já tinha falado de Davi, que foi minha conversa com o Davison no dia anterior, já tinha falado da sinceridade, que foi nossa conversa na semana inteira, e agora falava de Gideão, em quem eu tinha pensado pela manhã, antes de ir à igreja.
O Bispo disse que toda vez que o povo plantava, os inimigos destruíam a colheita, para fragilizar o povo de Israel. Deus levantou um homem revoltado: Gideão. Essa revolta você tem de ter dentro de si. Se você não se revoltar, não vai mudar a sua situação. Não é se revoltar contra Deus, mas se revoltar contra a situação calamitosa em que você se encontra. Tirar proveito da fé é para quem está disposto ao tudo ou nada.
O que eu estava pensando de manhã? Imagine a situação: Gideão estava lá, malhando o trigo escondido de seus inimigos, enquanto o restante do povo se enfurnava dentro das cavernas. De repente, surge um anjo, ou melhor o Anjo do Senhor, com “A” maiúsculo, que é o próprio Senhor Jesus, em todo o seu resplendor. Ele olha para Gideão e diz: “O Senhor é contigo, homem valente”. O que qualquer crente diria? “Oh, amém! Glória a Deus” ou “Aleluia! Louvado seja o nome do Senhor”. Mas Gideão foi bem sincero em sua resposta, em tradução livre, eu diria que ele falou algo do tipo: “Como assim? Se Deus é comigo, então por que estou passando esse perrengue todo?”
Vamos a Juízes 6:13, ele disse: “Ai, senhor meu! Se o Senhor é conosco, por que nos sobreveio tudo isto? E que é feito de todas as suas maravilhas que nossos pais nos contaram, dizendo: Não nos fez o Senhor subir do Egito? Porém, agora o Senhor nos desamparou e nos entregou nas mãos dos midianitas”. Vejo em Gideão uma revolta sincera, pois estava cansado de apenas ouvir falar de Deus, e pergunta: “o que é feito de todas as suas maravilhas?”. O Bispo disse que Gideão foi petulante com o Anjo. E foi mesmo. Se ele estivesse dentro da igreja, provavelmente algum irmão se levantaria e puxaria sua orelha. Mas ele questionou algo que era bastante questionável: ” se o Senhor é comigo, por que está acontecendo isso?”, para mim ele ali deixou bem claro que sabia o Deus a quem servia, e que sabia que aquela situação não combinava com um “o Senhor é contigo”. O Bispo reiterou que nós temos o direito de dizer isso para Deus, é assim que tem que acontecer. O religioso aceita as desgraças, diz que é provação, que é a cruz, que é carma…mas Deus se agradou da revolta de Gideão, e em vez de mandar um raio na cabeça do rapaz, o próprio Deus responde, no versículo 14: “Vai nessa tua força e livra Israel da mão dos midianitas”.
“Essa revolta é a nossa força. Vai na tua força e vence o inferno, você não precisa depender de ninguém”, disse o Bispo, e isso eu também tinha dito na noite anterior: “eu não vou depender de ninguém. Se alguém quiser me ajudar, beleza, mas eu dependo só de Deus”. Eu cri que Deus era comigo quando me dispus a deixar minha vida para trás e me colocar à disposição dele aqui, ainda creio, e sei que Ele trará meu marido e meus gatinhos em segurança, e que vai dar tudo certo. Quem me trouxe até aqui não teve escolha, pois era Deus quem queria que eu estivesse neste lugar.
Aquela palavra era para mim. Poderia ser para outras pessoas também, é claro, mas naquele momento, não havia mais ninguém naquela igreja, nem o Bispo estava ali, mas o próprio Deus falava diretamente comigo, dizendo que o Espírito Santo veio sobre mim para que eu seja livre e tome posse das promessas, use essa revolta como minha força. “Deus está buscando quem se lance, quem esteja disposto ao tudo ou nada”. Quando o Bispo disse isso, eu entendi que era Deus me dando o antídoto para os pensamentos de dúvida: Ele estava se agradando da minha disposição para o tudo ou nada. Então se Deus está se agradando de mim…quem vai conseguir me atrapalhar?
O Bispo também falou sobre brigar sobre os nossos direitos. Deu o exemplo da pessoa que vai se aposentar…o governo não vai atrás dela dizendo: “toma a sua aposentadoria, pois você tem direito”. A pessoa tem de ir, preencher formulário, provar seu tempo de contribuição, aguardar o resultado do processo…é um direito, mas não automático, você não conquista implorando, chorando, mas de acordo com a lei, você requer o seu direito, por ser contribuinte. A Bíblia é a constituição da fé e não se cumpre automaticamente. Para tomar posse das promessas você tem que requerer, lutar, sacrificar, não vem automaticamente, não que Deus não queira, mas porque o diabo se coloca entre você e o que Deus prometeu. Para receber as promessas tem de haver uma ação, uma atitude, manifestação de fé. O Bispo deu o exemplo de Malaquias 3:6-10. Quando a pessoa é dizimista, tem o direito de cobrar de Deus a promessa contida nesse texto, Ele mesmo nos convida a prová-lo!
Antes, Ele diz: “tornai-vos para mim, e eu me tornarei para vós outros”, o Bispo explicou que se você se voltar para Deus, Ele se volta para você, pois o compromisso de Deus é com aquele que se volta para Ele. Se eu vivo a minha vida de acordo com minhas regras, não posso contar com a proteção de Deus, essa é a razão de tantas desgraças neste mundo: Deus não tem nada com isso, pois as pessoas buscam andar de acordo com o que elas acham certo, e não procuram se voltar totalmente para Deus, para que Ele guie suas vidas.
Depois o Bispo convidou para a consagração dos dizimistas no dia 08, e quem não tivesse o envelope do dízimo e quisesse, poderia buscá-lo no altar. Porém, deixou bem claro que ninguém era obrigado a isso, que a igreja não impõe nada a ninguém, há liberdade, é a consciência da pessoa que deve guiá-la. E isso é verdade, até porque não existe aquele famigerado campo no envelope em que a pessoa tem que escrever seu nome completo…eu já fui de uma igreja em que até o meu endereço tinha que escrever no envelope…e comecei a receber pelo correio “extratos” de meus dízimos e ofertas missionárias…aí não dá, né? Corre o risco de a pessoa começar a dar só para não ficar mal com o pastor…e não por causa de compromisso com Deus. Como não tem onde escrever o nome no envelope, na Igreja Universal ninguém vai ficar sabendo se você deu dízimo ou não, nem quanto deu. Isso é entre você e Deus, e é assim que tem de ser.
Em seguida, o Bispo convidou para a reunião de quarta às 22h (eu quero muuuito ir, mas fica do outro lado do universo, preciso conseguir uma carona para voltar), ele vai falar sobre o Espírito Santo. Depois participamos da Santa Ceia e buscamos a Deus…foi muito forte! Tão forte que quando ele fez a última oração, deu vontade de pedir para a reunião continuar, pois eu não queria sair dali. Ele pediu desculpas por terminar tarde…como assim, Bispo???? Eu achei que a reunião voou, e queria mais uma meia hora, e o senhor me diz que ela acabou tarde? Quando Deus fala, não vemos o tempo passar, Ele é senhor do tempo. A manhã de domingo eu passei na presença de Deus, Ele me deu toda a força que eu precisava para derrubar o gigante com uma só pedrada, livrar Israel dos midianitas e ainda garantir que haja mantimento na casa de Deus.
Ontem eu li 2 Crônicas 13, 14 e 15. No capítulo 14, o exército de Judá contava com quinhentos e oitenta mil homens, e veio contra ele o exército da Etiópia, com um milhão de homens e trezentos carros. Judá clamou a Deus e venceu a batalha. No versículo 13, diz: “E caíram os etíopes sem restar nem um sequer; porque foram destroçados diante do Senhor e diante de seu exército”. E a Gideão Deus disse, em Juízes 6:16: “Já que eu estou contigo, ferirás os midianitas como se fossem um só homem”. Então Gideão estava certo…quando Deus está conosco, não interessa o nosso tamanho ou nossa força humana. Não interessa o tamanho do nosso problema, não interessa o volume de nossos problemas, a facilidade em destruí-los é a mesma. Não restará um sequer. E, como disse o Davison, o que não quiser ser destroçado, que saia da frente.
Aproveito para deixar o convite para quem quiser estar nesta quarta-feira dia 27 de abril de 2001, às 22h no Cenáculo do Espírito Santo da João Dias, 1800, em Santo Amaro, na capital de São Paulo, Deus certamente irá falar contigo.
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