Month: December 2012

Sofrimento de Jesus

“Não era o sacrifício físico, mas a verdadeira morte que Lhe afligia. Não foram a coroa de espinhos, as chicotadas, os pregos, a cruz e os socos dos soldados que causaram no Senhor Jesus uma dor indescritível, mas a morte sem Deus e sem o Espírito Santo.” (Extraído do livro “O verdadeiro significado da Cruz”, de Marcelo Crivella)

Por isso eu tenho verdadeiro horror daquele filme “A paixão de Cristo”, do Mel Gibson, que foi aclamado por muitos cristãos quando saiu nos cinemas (quer um filme bacana sobre a vida de Jesus? “O evangelho segundo João”, com Henry Ian Cusick, foi o mais fiel que já vi ao texto bíblico. Ao contrário da salada louca do filme de Mel Gibson), com cenas extremamente violentas, pedaços de carne voando para lá e para cá, cenas em câmera lenta, como se o diretor estivesse saboreando cada chicotada… Pessoas morreram no cinema, tamanho impacto emocional da violência das cenas.

Vi uma entrevista de Mel Gibson na época, dizendo que o filme era baseado nas visões que a freira Anna Catarina Emerich teve em mil oitocentos e pouco. A mulher era perturbada por essas visões detalhadas do sofrimento físico de Jesus, exatamente como as imagens do filme. O espírito que deu essas visões certamente gostaria de evidenciar a tortura física de Jesus, fazendo com que as pessoas se esquecessem do sacrifício espiritual, até porque assim colocariam tudo em um nível essencialmente emocional, aproximando as pessoas da religião (até por peninha de Jesus), mas afastando de Deus e da salvação real, prática.

De quebra, faziam com que as pessoas ficassem com ódio dos judeus (e ninguém tem mais ódio dos judeus do que o próprio diabo) ao culpá-los pela morte de Jesus (aí você vê que não entenderam nada. Ele veio justamente para morrer. Se alguém é culpado da morte de Jesus esse alguém é cada um de nós. E Ele mesmo.), o que levou muitos judeus a serem perseguidos e massacrados, fazendo com que tomassem verdadeiro horror do Cristianismo pois os que se diziam cristãos cometiam atrocidades usando o nome de Jesus. Ou seja, uma simples mudança de foco induzida pelo diabo foi capaz de fazer um estrago em várias frentes.

Maior tortura do que ferimentos físicos é o sofrimento espiritual de estar afastado de Deus. Sofrimento esse que faz com que a pessoa pense que a morte poderia aliviar sua dor e lhe trazer um pouco de paz (sinto muito, mas não pode. Morte é o que você experimenta agora, essa angústia, esse desespero. Desligar o seu corpo não lhe trará paz, apenas perpetuará essa morte, aumentando a angústia, o desespero, a dor e o sofrimento. A única saída para a morte que você está experimentando enquanto respira, é a vida que Deus lhe oferece aqui, agora, e da qual você só poderá tomar posse enquanto ainda respirar).

Esse sofrimento e essa dor, maiores do que qualquer sofrimento físico, Jesus experimentou naquele dia no calvário. A mesma angústia e agonia que estavam em mim, quando eu me sentia esmagada e dilacerada por dentro, achando que não havia uma saída para aquela depressão, aquele vazio, aquela tortura sem fim. Eu não sabia que Ele já tinha sofrido tudo aquilo por mim e me conquistado o direito de viver longe daquela morte. Ele morreu para que eu não precisasse continuar morta. Mas esse direito só foi conquistado porque Ele se manteve sem pecado e por isso pôde ressuscitar, vencendo a morte. Conquistou a vida da qual hoje podemos desfrutar, se aceitarmos esse pacto com Deus.

*Clique aqui para ver a resenha com meus comentários sobre o livro “O verdadeiro significado da cruz” para saber mais sobre esse direito.

O sacrifício de estar envolvido com libertação

(Retirado das páginas 168 e 169 do livro “Crentes Possessos”, de David Higginbotham, Editora Unipro)

“Outro falso ensinamento, que infelizmente parece ser muito comum, é que aqueles que entram para o ministério de libertação sofrerão ataques demoníacos terríveis e não conseguirão viver uma vida normal por ser este um chamado muito difícil. Autores de vários livros vistos nas prateleiras de livrarias cristãs alegam que, por estarem na linha de frente da guerra espiritual, têm de lidar com visões demoníacas, não podem se casar ou ter filhos, ou devem sofrer de alguma doença incurável porque eles intervêm por aqueles que estão endemoninhados.

É ridículo e antibíblico! Não posso contar o número de demônios que minha esposa e eu já expulsamos – muito menos os que todos os outros pastores com quem trabalhei expulsaram durante anos. Tenho pregado direta e enfaticamente contra aqueles que praticam feitiçaria nas igrejas, levantando a ira das igrejas africanas locais que misturam espiritismo com cristianismo. Bruxas têm feito sacrifícios contra mim e os demais pastores, na intenção de destruir nossas igrejas e nossas vidas, mas nunca passamos sequer uma vez por qualquer tipo de tormento que esses autores mostram em seus livros. Minha esposa e meus filhos são felizes, saudáveis e abençoados, como são as famílias dos pastores que conhecemos. Perseguições fazem parte de nossas vidas, mas não somos, de modo algum, atormentados ou amarrados pelos demônios!

O Deus que expulsa os demônios quando eu oro é o mesmo que coloca Seus braços carinhosos de proteção ao nosso redor. Mas se um dia eu me tornar tolo o suficiente para virar as costas para Ele, posso estar certo de que o diabo terá imenso prazer em usar essa pequena brecha para me destruir depois de todos os anos que passei lutando contra ele. A única conclusão que chego sobre aqueles que estão envolvidos em guerras espirituais, mas que também estão sob a opressão, é que eles mesmos estão endemoninhados e ainda não conhecem a plenitude da presença de Deus em suas vidas.

Somos todos chamados para lutar nessa batalha contra o trabalho do diabo em nossas vidas e em nossas famílias e amigos. Toda igreja tem a obrigação de ensinar a seus membros como vencer as lutas, o que significa que em toda igreja deveria ter o ministério de libertação, junto aos outros ministérios que Deus chamou Sua igreja para realizar. Ninguém tem de sofrer com tormentos do diabo apenas porque ora contra ele.

Qualquer um que aprende a vestir toda a armadura de Deus, e age na ofensiva, pode ver frutos muito maiores em sua vida do que aqueles que desejam ficar do lado de fora. Assim como Jesus e Seus discípulos trataram a libertação das pessoas dos espíritos maus como uma parte comum de suas vidas, assim também devemos fazer.”

David Higginbotham

(Retirado das páginas 168 e 169 do livro “Crentes Possessos”, de David Higginbotham, Editora Unipro)